quinta-feira, 9 de maio de 2013

Soneto 18 de Shakespeare



Deverei comparar-te a um dia de verão?
Tu és a mais serena e a mais amável
Os fortes ventos de maio movimentam os brotos,
e o prazo do verão é sempre inconsolável
em um momento muito intenso, brilha o olho estelar,
e freqüentemente se ofusca a luz do seu semblante,
nefasto, o encanto da beleza irá renunciar, porventura ou pelo destino inconstante;
Mas teu verão é eterno e jamais morrerá, não há de perder o encanto que possui;
E pela sombra da morte não vagarás, pois em versos eternos tu e o tempo sois iguais.
Enquanto o homem possa respirar ou os olhos possam ver, viva este canto dar-te a vida é o seu dever.


Análise:


Primeiro, deve ser considerado que Shakespeare é inglês, ou seja, o que ele considera um dia de verão, não é o mesmo que os brasileiros consideram. Para eles, o verão é aguardado, é como se fosse o ponto alto do ano. E ele diz que a amada dele é melhor do que isso. Diz que o verão pode ser muito intenso, mas que ela, sempre tem a intensidade perfeita, é suave, e nunca perderá seu encanto. O verão, pode até acabar, e com ele ir embora e época de temperatura agradável e a beleza, mas a beleza da amada nunca deixará de existir, pois foi imortalizada em seus versos.

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