quarta-feira, 8 de maio de 2013

Odisseia canto 5 resumido

Canto 5 da Odisseia: resumo
Os pretendentes descobrem a viagem de Telêmaco e planejam uma emboscada, pois temem a volta de Odisseu, e as suas próprias vidas. Zeus diz para Atena guiar Telêmaco e envia Hermes ao encontro de Calipso. Nesse momento, ele passa por um lugar arborizado, muito belo, com flores, água (locus amoenus), e fica admirado. 

Aqui existe uma metapoética. O que é isso? Quando Hermes vai encontrar Calipso, ele para num local muito bonito e descansa. E quando ele vê esse local, o autor descreve a paisagem. A descrição é vista como "um repouso da narração", é como se o autor tivesse dando um tempo pro leitor respirar, e pra ele mesmo relaxar um pouco. Então, a gente repousa assim como o personagem repousa. Essa descrição é chamada ekphrasis, e ocorre no canto 18 da Ilíada também, na descrição do escudo de Aquiles. É um recurso para dar mais ferramentas para o entendimento. 

No primeiro momento, Calipso se irrita, diz que os deuses são invejosos, que não permitem a união no leito de uma deusa com um mortal. Diz que assim como Zeus a separa de Odisseu, já o fez com Jasão e Deméter. Mas sabe que é impossível ir contra a vontade de Zeus, e diz que permite a volta de Odisseu, apesar de não ajudá-lo nos preparativos (mas concorda em dar conselhos para privá-lo dos perigos). Quando recebe a notícia, Odisseu fica receoso, e diz que só partirá se a deusa quiser e prometer não lhe fazer mal. Ela tenta convencê-lo a ficar, dizendo que muitos males o aguardam, e que é superior do que Penélope nas formas... mas ele não se convence. 
Odisseu parte. Posido causa uma forte tempestade (e o nome dos ventos que ocorrem durante a tempestade são os mesmo que os d'Os Lusíadas, porque há a ideia da mimésis: "copiar" autores anteriores, e tentar fazer uma poesia mais elevada. O objetivo é ser o melhor dos autores.) . Odisseu faz o discurso da bela morte: preferia morrer na guerra para obter a glória em vez de morrer longe da vista das pessoas, isolado. Leucoteia o avista, e lhe dá um véu para transpassar por baixo do peito, para lhe proteger dos males. Odisseu tem medo que seja mais uma emboscada dos deuses, e pensa consigo que não seguirá o conselho enquanto as tábuas de sua embarcação o suportarem. O vento espalha as tábuas e odisseu usa o véu.

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